29/11/2008

PALAVRA DO AUTOR >> BALANÇO DE 2008

por Emanoel Ferreira

Vai-se mais uma temporada para o Cruzeirão assim como para os demais times da competição e de séries inferiores; Mais uma vez, com pesar, digo aqui que o Cruzeiro abriu mão da taça de campeão brasileiro. E não digam que é mérito absoluto do São Paulo não! É também ausência vergonhosa do espírito de campeão que o Cruzeiro a tanto não demonstra! Jogadores como Guilherme e Wagner, por exemplo, que são notoriamente bons, não possuem em si o espírito de campeão, o sangue frio e o calculismo que têm os jogadores do Hexa-campeão brasileiro.

O técnico Adilson Batista é inteligente, e só. Caso a “nova” diretoria não consiga Vanderley Luxemburgo ou Muricy Ramalho, deixe aí o Adilson, que já conhece o time. Quanto ao “acerto de contas” de Adilson com a imprensa é, sinceramente, uma VERGONHA para o manto sagrado do Cruzeirão! O técnico teve acertos magistrais, porém, teve erros inacreditáveis, substituindo mal, insistindo com jogadores simplesmente ridículos e posicionando o Wagner, em determinadas situações, no ataque! Não foi capaz de fazer seus jogadores jogarem para frente, com raça, vontade, fome de liderança... E acha-se no direito de expor o manto sagrada dessa forma, apontando um dedo (que é verdadeiro, diga-se de passagem) para a imprensa, enquanto quatro estão apontando-o. Vergonha.

No geral, o Cruzeiro manteve sua tradição de gigante do futebol brasileiro, sustentando-se durante todo o campeonato, à exceção de uma rodada, no chamado G-4. Conquistou o campeonato mineiro, humilhando o arqui-rival em pleno ano de seu CENTENADA, e... só. Vale-se dizer que, ao meu ponto de vista, o mineiro só tem valor para a nação azul quando o conquistamos encima de nossas fiéis fregueses; Por isso o ano não foi de todo inútil.

Conquistaremos uma vaga na Libertadores ou na chamada Pré-Libertadores? Acredito que sim. Mas a diretoria vai contratar reforços de peso ou vai vender peças chaves como Ramires, por exemplo, como cogita-se? ACORDE NAÇÃO AZUL! Caso a diretoria comece a vender os jogadores que sabidamente carregam o Cruzeirão “nas costas”, não deixemos os protestos para depois, quando formos eliminados por falta de PLANEJAMENTO! Vamos dar o grito desde já! A torcida não é boba e, caso confirmem-se minhas suspeitas, mais um ano de vazio transcorrerá como um filme, à frente da fiel e apaixonada torcida do Cruzeiro Esporte Clube. O Cruzeiro não é mercado de jogadores! O Cruzeiro não é escola de treinadores! O Cruzeiro não é diversão nem pé-de-meia de dirigentes! O Cruzeiro é paixão e nele mandamos nós, torcedores. Estou de olho, e você?


Emanoel Ferreira – emanoelferreira@ymail.com

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23/11/2008

PLANTÃO >> Cruzeiro 3 X 2 Flamengo

por Emanoel Ferreira


Diante da vitória do São Paulo sobre o Vasco, em São Januário, o duelo entre Cruzeiro e Flamengo, no Mineirão, deixou de ser decisivo para que cariocas e mineiros não se distanciassem ainda mais do título, mas para que se aproximassem da Taça Libertadores 2009. Nada, porém, que tirasse o brilho e emoção do espetáculo, vencido por 3 a 2 pelo time da casa, com atuação de gala de Ramires. O volante, Thiago Ribeiro e Fernandinho deram a vitória para a Raposa. Ibson e Obina descontaram.
Com o resultado, o Cruzeiro trocou de posição com o Flamengo agora é terceiro colocado, com 64 pontos, seguidos pelos cariocas, com 63, que torcem por um tropeço do Palmeiras, contra o Ipatinga, às 19h10m, para não sair do G-4.

Na próxima rodada, o Flamengo se despede do Maracanã em 2008 enfrentando o Goiás, domingo, às 17h, enquanto a Raposa, viaja até Porto Alegre para encarar o Internacional, no Beira-Rio, no mesmo dia e horário.


Talvez de olho em um início arrasador como na partida contra o Grêmio, quando abriu o placar aos 15 segundos, o Cruzeiro acelerou o ritmo no início e foi correspondido pelo Flamengo. Nos primeiros dez minutos, três boas jogadas para cada lado.

Aos 30 segundos, Jajá recebeu na entrada da área, girou e chutou fraquinho para fora. Na seqüência, Kleberson puxou contra-ataque e serviu Obina. O camisa 9 chutou prensado e a bola sobrou para Leo Moura, que se enrolou com Ibson e desperdiçou boa chance. Um minuto depois, desatenção de Bruno: Kleberson recua e o goleiro pega com as mãos. Tiro indireto marcado por Carlos Eugênio Simon e desperdiçado por Marquinhos Paraná.

O jogo tinha apenas cinco minutos e Fernandinho criou a terceira boa chance para os mineiros. O lateral-esquerdo aproveitou uma bobeada da zaga do Fla e emendou forte da entrada da área. Bruno bateu roupa e Angelim afastou o perigo. O troco rubro-negro veio aos 8 e aos 10. Primeiro, Marcelinho Paraíba cobrou escanteio no primeiro pau, Jaílton desviou e Ibson não alcançou a bola na pequena área. Depois, o próprio volante serviu Leo Moura pela direita, mas o lateral errou o cruzamento para Obina.

As duas equipes diminuíram a velocidade até os 19 minutos, quando Gerson Magrão recebeu pela esquerda e tocou para trás. Jajá, sem goleiro, errou a conclusão e perdeu gol feito. Três minutos depois, porém, o atacante cruzeirense acertou em cheio. Ele roubou a bola de Angelim e bateu colocado no ângulo direito de Bruno. O travessão salvou os cariocas.

Passivo, o Flamengo parecia confiar nos contra-ataques e observava o Cruzeiro trabalhar a bola no campo de ataque. A estratégia foi castigada aos 33 minutos. Ramires recebeu com muita liberdade pela esquerda, aguardou a entrada de Fernandinho pelo meio da zaga e rolou entre as pernas de Kleberson. Frente a frente com Bruno e observado por Leo Moura, o lateral-esquerdo só escorou e levantou o mar azul que tomava conta do Mineirão.

O gol acordou o Flamengo, que se mandou para o ataque sem muita eficiência. Aos 36, Paraíba cruzou no segundo pau, Angelim escorou para o meio e Fábio afastou de soco. Dono do jogo, o Cruzeiro administrou a vantagem e só foi incomodado aos 45, quando Juan deixou Jonathan caído e cruzou nas mãos do goleiro mineiro.


Com o sonho do hexa sendo adiado e o risco de perder até a vaga no G-4, Caio Júnior liberou o Flamengo para o ataque no início da segunda etapa. Tímido no primeiro tempo, Ibson foi liberado para atacar e deu maior dinamismo ao time carioca. Tal exposição, porém, resultou em susto aos 3 minutos. Jajá deixou Ramires na cara do gol. O volante dominou, escolheu o canto, deslocou Bruno e...jogou para fora.

Aos 8, uma bomba de fabricação caseira explodiu na geral e ligou o time do Flamengo. No minuto seguinte, Marcelinho Paraíba arriscou do bico da grande área pela direita e obrigou Fábio a espalmar para escanteio. Na cobrança, do próprio Paraíba, Ibson escorou de cabeça no bico da pequena área e decretou o empate.

Era a vez do Cruzeiro se mandar para reverter o placar que não lhe interessava. Aos 15 e aos 18, Bruno até que salvou o Flamengo em chutes fortes de Jajá e Fabrício da entrada da área, mas aos 19 não teve perdão. Fernandinho descolou um lindo passe para Thiago Ribeiro aproveitar a linha de impedimento mal feita pela zaga rubro-negra e tocar no ângulo esquerdo do goleiro do Fla: 2 a 1.

Com os papéis novamente invertidos, o Flamengo novamente foi atrás de sua manutenção no G-4 e empatou com Obina, aos 25. O atacante recebeu cruzamento rasteiro de Juan, dominou de costas para o gol, girou em cima de Leo Fortunato e tocou para o fundo das redes. E o empate não se transformou em virada aos 28 por questão de centímetros. Leo Moura fez boa jogada pela direita e cruzou no segundo pau. A bola passou por Fábio e Juan, com o gol aberto, acertou a rede pelo lado de fora.

Lá e cá, o jogo terminou como começou: eletrizante. Com a vitória do São Paulo em São Januário, só um resultado positivo poderia manter o Flamengo na briga pelo hexa, e a equipe se expôs. Aos 31, Ramires se chocou com Toró na área, a torcida pediu pênalti e Simon mandou o lance seguir. Um minuto depois, o mesmo Toró brecou o volante celeste, que já preparava o arremate após passe de Wanderley. Só que aos 39 não teve jeito. Aberto após contra-ataque mal sucedido, o Fla deu espaços para Ramires, que recebeu de Fabrício e, da marca do pênalti, tocou no canto esquerdo de Bruno.

No fim, um milagre e muita polêmica protagonizados por Diego Tardelli. Aos 42, o atacante entortou Thiago Heleno e tocou colocado no canto direito de Fábio, que fez uma defesa espetacular. Três minutos depois, muita confusão. Tardelli avançou pela esquerda, cortou para dentro e recebeu uma rasteira de Leo Fortunato. Pênalti ignorado por Simon, que expulsou o atacante rubro-negro durante o jogo e o capitão Fábio Luciano, por reclamação, após o apito final.


Emanoel Ferreira - emanoelferreira@ymail.com
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15/11/2008

Plantão >> Náutico 5 X 2 Cruzeiro

por Emanoel Ferreira

A monotonia e a apatia passaram longe dos Aflitos neste sábado. Em jogo bastante movimentado, o Náutico goleou o Cruzeiro por 5 a 2 e vai dormir fora de zona de rebaixamento do Brasileirão. A Raposa, por sua vez, perderá uma posição no domingo, já que Flamengo e Palmeiras se enfrentam e obrigatoriamente um deixará os mineiros para trás. Em compensação, o confronto entre cariocas e paulistas também impede que o clube da Toca da Raposa deixe o G-4 por enquanto.

Na próxima rodada, o Timbu (15º com 40 pontos) joga fora de casa com o Figueirense em confronto direito contra o rebaixamento. O Cruzeiro (terceiro com 61) recebe o Flamengo, no Mineirão, em jogo que pode deixar um dos dois próximos da Libertadores 2009.

Ritmo forte

O primeiro tempo do jogo representou bem o momento que as duas equipes vivem no campeonato. Ambos precisavam da vitória. Ambos buscaram o gol a todo o momento. Cada um dentro de suas características, evidentemente.

Pelo Timbu, a velocidade de Gilmar e a técnica de Felipe fizeram a diferença. Aos quatro minutos, Alessandro achou o primeiro no meio da zaga celeste, que fazia linha de impedimento. O atacante chegou na frente de Leo Fortunato e bateu no cantinho esquerdo de Fábio para abrir o placar.

A festa que tomou conta dos Aflitos teve uma pausa 12 minutos depois. Guilherme lançou Camilo, que em posição de impedimento foi em direção à bola, parando assim que percebeu a presença de Ramires na direita. O volante entrou na área e marcou o gol, prontamente anulado pela arbitragem, que marcou a posição irregular de Camilo. O banco do Cruzeiro reclamou muito deste lance.

Mas nem houve muito tempo para reclamação. Aos 18, Henrique ameaçou chutar e achou Wagner na área pela esquerda. O camisa 10 bateu no canto esquerdo e deixou tudo igual. A festa agora era azul.

Mais uma comemoração frustrada. Apenas três minutos após o gol celeste, Henrique derrubou Gilmar no bico esquerdo da grande área. Pênalti para o Náutico. Felipe foi para a cobrança, fez a paradinha, deixando Fábio caído no canto esquerdo, e tocou no lado oposto: 2 a 1.

Gilmar continuou importunando a defesa adversária. Com 27 de jogo, ele cruzou da esquerda para a presença surpresa de Titi. O zagueiro bateu prensado, e Fábio fez a defesa.

No último lance do movimentado primeiro tempo, Guilherme foi lançado na área, pela direita, e bateu cruzado. Eduardo bateu roupa, e a zaga alvirrubra colocou para escanteio.

Ritmo forte também na etapa final

Se alguém aproveitou o intervalo para fazer alguma coisa e demorou um pouquinho para voltar perdeu um início de segundo tempo ainda mais alucinante que o do primeiro. Aos 50 segundos, Henrique evitou a saída da bola pela lateral, deixou Alessandro caído e cruzou na pequena área. Eduardo defendeu em dois tempos.

Mas então prevaleceu mais uma vez a técnica de Felipe. Com dois minutos, ele recebeu na área e chutou forte. A bola desviou em Thiago Martinelli e quase enganou Fábio, saindo pela linha de fundo. Na cobrança do escanteio, a bola sobrou com Titi na entrada da área. O zagueiro tocou por cima para Felipe, que finalizou por baixo de Fábio para marcar o terceiro.

O Cruzeiro não desanimou. Aos 11, Fábio foi lançado na meia-lua. Eduardo saiu do gol e evitou o segundo gol celeste. Era lá e cá. Seis minutos depois, Felipe mirou o ângulo esquerdo de Fábio e quase acertou. Mandou para fora. Com 20 minutos, Wagner bateu falta da direita e achou Ramires livre na pequena área. O volante, entretanto, cabeceou torto, para baixo e sem força, perdendo grande oportunidade.

Fábio evitou que o resultado se transformasse em goleada aos 27. Felipe fez inversão da jogada da esquerda para a direita e encontrou Ruy. De fora da área, o ala chutou forte, obrigando o camisa 1 celeste a desviar para escanteio.

A defesa de Fábio deixou o Cruzeiro vivo no jogo. Na jogada de perigo seguinte, Wagner bateu para o gol, e a bola bateu na mão de Hamilton dentro da área. Pênalti desta vez para os mineiros. Guilherme foi para a cobrança e marcou no canto esquerdo.

A ducha de água fria para os mineiros não demorou a vir. Aos 38, Felipe cruzou para Everaldo, que acabara de entrar, empurrar para o gol vazio após trombada de Fábio e Thiago Heleno. E aos 43, Felipe deixou Gilmar livre, e o atacante não desperdiçou, tocando no canto direito e fechando o placar.

09/11/2008

PLANTÃO>> Cruzeiro 1 X 0 Fluminense

por Emanoel Ferreira


Um gol de cabeça de Ramires, aos 20 minutos do segundo tempo, fez com que o Cruzeiro continuasse sonhando com a conquista do título do Campeonato Brasileiro. A Raposa venceu o Fluminense por 1 a 0, chegou aos 61 pontos ganhos e assumiu o terceiro lugar na tabela de classificação, já que o Palmeiras perdeu popr 1 a 0 para o Grêmio, no Palestra Itália.

Mesmo com a derrota, o Fluminense permanece fora da zona de rebaixamento, na 16ª posição. O Tricolor tem 37 pontos, a mesma pontuação do Náutico, que empatou em 0 a 0 com o Coritiba. Mas o saldo de gols é melhor: - 3 contra –13.

Na próxima rodada, o Fluminense vai receber a Portuguesa, sábado, às 18h30m, no Maracanã. Já o Cruzeiro enfrentará o Náutico, no mesmo dia e horário, nos Aflitos, em Recife.

O primeiro tempo começou com um ritmo frenético, com o Cruzeiro e Fluminense criando boas oportunidades de gol. As duas primeiras foram do time tricolor. Aos dois, João Paulo cruzou e Everton Santos chutou forte, por cima do travessão. Três minutos depois, Washington recebeu dentro da pequena área, mas dominou e permitiu a defesa do goleiro Fábio.

A primeira chance do Cruzeiro foi também a melhor da equipe nos primeiros 45 minutos. Aos sete, Guilherme foi lançado nas costas de Thiago Silva, cortou o zagueiro e chutou para Fernando Henrique espalmar a bola. No rebote, Wagner chutou rasteiro e o volante Fabinho salvou o gol quase em cima da linha.

Depois do bom início, o jogo teve uma caída na parte técnica por causa do forte calor que fazia em Belo Horizonte. Aos 20, o Cruzeiro fez uma boa troca de passes na intermediária tricolor e Jajá deixou Jonathan na cara de Fernando Henrique. Ele soltou a bomba, mas a bola passou raspando a trave direita o goleiro. Depois da parada feita pelo árbitro Leonardo Gaciba, para os jogadores se refrescarem, Jajá cabeceou com estilo, aos 33, e obrigou Fernando a fazer outra defesa difícil. No minuto seguinte, Arouca avançou com a bola e chutou para Fábio defender.

Aos 47 minutos, o lance mais polêmico do primeiro tempo. Guilherme recebeu na entrada da área e chutou. A bola bateu em Jajá e entrou no gol, enganando Fernando Henrique. Mas o auxiliar Milton Otaviano dos Santos marcou, corretamente, o impedimento, anulando o gol da Raposa.

O segundo tempo começou devagar, com as duas equipes valorizando a posse de bola no meio-de-campo. Não gostando da atitude de seus jogadores, o técnico Adilson Batista fez uma substituição logo aos oito minutos. Ele trocou um atacante por outro, entrando Wanderley e saindo Jajá.

O Cruzeiro melhorou em campo e fez uma blitz de quase três minutos na defesa do Fluminense. Com muitos cruzamentos sobre a área, os zagueiros tricolores levaram a melhor por causa da boa estatura. Mas de tanto insistir nas jogadas aéreas, o time mineiro conseguiu abrir o placar.

Aos 20 minutos, Guilherme dominou a bola na entrada da área e fez um cruzamento perfeito. Ramires apareceu como um foguete na segunda trave e cabeceou no canto esquerdo, sem chance de defesa para Fernando Henrique.

Depois do gol, o Fluminense não demonstrou nenhum tipo de reação em campo e o Cruzeiro passou a dominar ainda mais as ações dentro de campo. Errando poucos passes, a Raposa entrava com facilidade na defesa tricolor. Aos 29, Guilherme recebeu lançamento, ganhou no corpo de Thiago Silva e rolou a bola para a entrada da área. Wagner chutou colocado e acertou a trave direita Fernando Henrique.

No fim da partida, o Fluminense tentou fazer uma pressão no Cruzeiro, mas esbarrou na falta de pontaria de seus atacantes.

02/11/2008

PLANTÃO >> Goiás 3 X 0 Cruzeiro

por Emanoel Ferreira

Num jogo que para o Cruzeiro valia disputa do título brasileiro, e, para o Goiás, a briga por uma vaga na Sul-Americana, .parecia que as camisas estavam trocadas. Com um futebol apático, displicente, a Raposa sucumbiu diante do Esmeraldino, que marcou três gols nos primeiros 16 minutos de jogo e liquidou a partida - depois, restou apenas passar o tempo e administrar o resultado. Com a vitória por 3 a 0, gols de Paulo Baier (2) e Henrique, a equipe goiana passou para 48 pontos ganhos, pulando virtualmente para o oitavo lugar do Campeonato Brasileiro - dependendo do resultado de São Paulo x Inter.

A derrota não afasta o Cruzeiro da luta pelo título, mas o clube, com 58 pontos ganhos, cai para a quarta posição com a vitória do Palmeiras sobre o Santos por 2 a 1 na Vila Belmiro - o Verdão pulou para 61 pontos. Na próxima rodada, no domingo, o Goiás vai à Ilha do Retiro encarar o Sport. O Cruzeiro recebe o Fluminense no Mineirão.


Medíocre Goiás elimina Cruzeirão em 16 minutos!


Não demorou muito para ter emoção na partida. Na primeira jogada de ataque do Esmeraldino, gol. Em jogada pela direita do lateral Vítor - uma constante do time neste Brasileiro -, a bola foi centrada para Paulo Baier, que se complicou. Sobrou para Júlio César, da entrada da área, bater firme. O goleiro Fábio rebateu no pé de Paulo Baier, que colocou com calma, aos dois minutos de jogo.


O gol atordoou o Cruzeiro, lento e errando muitos passes. Num deles, na saída de bola, Espinoza bobeou feio. Fábio Bahia aproveitou e tocou para Paulo Baier livre, pela direita. O camisa 10 não desperdiçou e bateu com categoria, sem defesa, aos oito minutos: 2 a 0. Logo depois do segundo gol, uma briga na geral entre facções das duas torcidas tomou conta do Serra Dourada e teve que ser contida pela PM.

No campo, estava fácil para o Esmeraldino jogar pelo lado esquerdo do Cruzeiro. Era por ali que saíam as jogadas do Goiás. Vítor, Fábio Bahia, Iarley e Paulo Baier caíam naquele setor. Carlinhos não dava conta - como fez falta Jadílson -, Fernandinho e Espinoza falhavam na marcação. Resumo: mais uma jogada deu em escanteio, que Júlio César cobrou pela direita. Henrique subiu mais que a zaga da Raposa e cabeceou para as redes: 3 a 0 para o Esmeraldino, com 16 minutos de jogo.


Raposa sonolenta


Irreconhecível em campo, o Cruzeiro só tinha levado perigo ao gol do Goiás numa cabeçada de Thiago Heleno para fora. Wagner, Guilherme, Thiago Ribeiro, Marquinhos Paraná pareciam não estar em campo. O Goiás, com 3 a 0 em 16 minutos, se aproveitava dos buracos deixados pela defesa. Estava mais perto do quarto gol do que a Raposa do primeiro. Fábio Bahia, aos 23, por pouco não ampliou para 4, não fosse a boa intervenção de Fábio.

Era incrível a displicência do Cruzeiro, que andava em campo. Parecia que estava ganhando a partida. O Goiás, mesmo tirando o pé do acelerador, procurava aproveitar os espaços. Mas o jogo, a partir dos 30 minutos, ficou arrastado até o fim do primeiro tempo. Afinal, com 3 a 0 no marcador, ao Esmeraldino só restou passar o tempo tocando a bola para segurar o bom resultado.

Do lado da Raposa, os jogadores pareciam ainda atônitos com o péssimo primeiro tempo.

- O time não pode ter um início de jogo como esse. Agora temos que dar o sangue - resumiu o atacante Guilherme.


Mudanças


Para o segundo tempo, Adílson Batista trocou defesa e ataque. Tirou o vulnerável Espinoza e lançou Léo Fortunato e pôs Camilo no lugar de Guilherme, artilheiro da equipe no campeonato, com 17 gols. Com a mudança, Wagner foi para o ataque e Camilo ficou na armação das jogadas. Logo com cinco minutos, Carlinhos arriscou de fora da área para Harlei fazer sua primeira grande defesa.

A Raposa melhorou. Wagner se mexia melhor, e Camilo encostava no ataque. Aos 12, ele fez boa jogada individual e quase marcou - Harlei tirou com o pé.

O Goiás buscava os contra-ataques. Aos 19, Júlio César lançou Thiago Feltri, que tocou na medida para Iarley. O atacante marcou o quarto gol, que, no entanto, foi anulado erradamente pelo árbitro Paulo César Oliveira. Dois minutos depois, Thiago Feltri desperdiçou, por preciosismo, outra chance de ampliar. Aos 23, Paulo Baier isolou nova chance.

O segundo tempo estava mais parelho. O Cruzeiro coordenava melhor as jogadas de ataque. O meio-campo dava melhor seqüência às jogadas. Aos 30, Camilo, já o melhor da equipe, deixou Wagner em condições de marcar, mas a zaga desviou. Aos 38, o lance mais bonito da Raposa: Jonathan bateu com efeito, Harlei voou de mão trocada para espalmar. Mas o desânimo já tomava conta do time. Era impossível evitar a derrota.


Cruzeiro News - cruzeironews@ymail.com


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01/11/2008

PALAVRA DO AUTOR >> “(...) É hora de batermos no peito e calarmos os rivais”.


Reta final do brasileirão. Todos estão almejando objetivos. Grêmio, Cruzeiro, São Paulo, Flamengo e Palmeiras almejam a taça e as vagas à Libertadores da América . A maioria mediana luta para permanecer no grupo que se classifica à menosprezada Copa Sulamericana; Outra parcela de medíocres lutam para se classificar à já citada Copa e para fugir da “zona da degola” (incluindo nosso sepultado rival, para os que não se lembram mais, o Atlético - MG) ; Por fim os sofríveis prediletos ao rebaixamento.

Em todos esses casos que aqui citei, o G-4 “de cima” é aquele em que mais se concentram os grandes públicos. Nosso Cruzeirão briga pelo caneco e devemos apoiá-lo incondicionalmente. Não suporto mais os argumentos de falsos cruzeirenses de que “o time não sabe decidir” ou que “o apoio incondicional leva ao fracasso, vide galo”! Ou abraçamos de vez a luta pelo título ou assumimos a condição impregnada em nós pelos nossos patéticos arqui-rivais de que só apoiamos “na boa”. É hora de batermos no peito e calar-mos os rivais. Façamos com que os concorrentes estremeçam ao som de nossas vozes pois, com toda certeza, esse espírito de luta que exigimos de nossos jogadores vai contagiar o lado azul e branco do campo. Neste instante, só restará aos rivais rezar; Rezar para que percam de pouco.

Emanoel Ferreira – emanoelferreira@ymail.com

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A COLUNA PALAVRA DO AUTOR É UMA POSTAGEM PERIÓDICA ONDE O CRIADOR DO CRUZEIRO NEWS (EMANOEL FERREIRA) EXPRESSA SUAS OPINIÕES.
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